
É estranho chamar de delicado aquilo que nos angustia. A arte, seja ela qual for, é de alguma forma, uma obra de angústia. É um processo criativo ligado ao inconsciente.
Existe um desejo que está presente em toda produção, está inclusive em nossa fala, em todos os versos possíveis. Então, escrever ou fazer arte é falar em nome do desejo movido pelas pulsões; é, sem dúvida, falar de vida e morte (princípio de prazer versus princípio de realidade).
A produção artística tem uma força (drag) que faz a simbolização e traz para a realidade a subjetividade do sujeito. É uma força voraz de significantes – uma vez instituída a linguagem, o sujeito não pára mais. A rede de associações significantes vai circulando infinitamente envolta do buraco faltoso. E não sabemos para onde isso vai nos levar.
Existe algo (que podemos dizer – um algo a mais nas escrituras)... Figuras que o sujeito oculta e revela simultaneamente – os mitos da estrutura do sujeito. A escritura não se faz por si só. Ao tomarmos a obra de algum autor, logo casamos com sua vida. Impossível tomá-la em separado.
Existe um desejo que está presente em toda produção, está inclusive em nossa fala, em todos os versos possíveis. Então, escrever ou fazer arte é falar em nome do desejo movido pelas pulsões; é, sem dúvida, falar de vida e morte (princípio de prazer versus princípio de realidade).
A produção artística tem uma força (drag) que faz a simbolização e traz para a realidade a subjetividade do sujeito. É uma força voraz de significantes – uma vez instituída a linguagem, o sujeito não pára mais. A rede de associações significantes vai circulando infinitamente envolta do buraco faltoso. E não sabemos para onde isso vai nos levar.
Existe algo (que podemos dizer – um algo a mais nas escrituras)... Figuras que o sujeito oculta e revela simultaneamente – os mitos da estrutura do sujeito. A escritura não se faz por si só. Ao tomarmos a obra de algum autor, logo casamos com sua vida. Impossível tomá-la em separado.
Todos nós fazemos ficção, todos nós marcamos a vida com escrituras... A vida de qualquer sujeito daria um livro – escrever é fazer mitos e é representar esses mitos. Escrever é uma tragédia! Quem tem vivência, tem material e esse material tem um sentido. A fala é uma escritura (a escritura é uma fala) com sentido representativo que tenta dar conta do real...
2 comentários:
Hola:
Casi casi coincido en todo lo que decís ahí.
Me gusta mucho este blog!
Saludos,
Em certa medida estamos a nos dar, nos fazermos desnudos. O ato de escrever parece que nos é quase um desafio de si para consigo.
Se em certa dimensão é parideira a tarefa de germinação e gestação mesmo, em que pôr para fora universos e quase entes autônomos é de alta angústia e alívio (fluxo-refluxo/sístole-diástole); por outro lado é também encontro e Re-ligação transcendente. Algo que se faz de entre a terra e o passo celeste, tem a ver com pontes entre os mundos, com deixar-se ser. em estando apenas enquanto passagem, momento, instante, viagem.
Anatólia, gostei demais de seu blog. o encontrei através de uma pesquisa pelo Astor Piazzolla e qual não foi minha boa surpresa de encontr´-la por aqui. Muitos fios que tecem caminhos, passagens e germinações. Coisas e mais coisas para encontrar. Abraço. Paz e luz para ti.
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