INTRÓITO

Subverter, Exorcizar, Viver, Beijar, Amar, Odiar, Saber, Piratear, Analisar, Mover, Parar, Rejuvenescer, Envelhecer... Tudo isso e nada. Petit Subversion é só um diário de alguém comum - de Anatólia... um fantasma.

sábado, 11 de outubro de 2008

Conversa de fila de Banco


Conversa de fila de banco, semana passada, entre dois homens, lá pela casa dos 70 anos:
- soube que ficou viúvo...
- pois é...
- precisa encontrar outra mulher, ficar sozinho não é fácil...
- eu sei, mas hoje em dia está difícil encontrar alguma que queira fazer todo o serviço...
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Quem se preocupa com a sexualidade dos outros, tem sérios problemas com a sua própria sexualidade.
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Esse papo foi-me descrito pela Mara* do Blog Fazendo Estrelas***** .
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Interessante observar as bocas do mundo, sai cada coisa. Neste blog tem 3 postagens de Conversa: Conversa de Cemitério; Conversa de Rua e agora Conversa de Fila de Banco. Tá bem bacana e engraçado. Curti a idéia.
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PS: Ainda sobre a conversa da fila, fiquei pensando, "fazer todo o serviço". Que serviço seria este, sexual ou doméstico? O doméstico na minha opinião!
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Abraços.

A Minha Eleita: a moça do rádio portátil

Estou um pouco afastada do blog nos últimos meses, bem, muito trabalho, estudo e envolvimento com as eleições. Fiz um trabalho bem bacana de coordenação, onde pude aplicar alguns conceitos da psicologia da comunicação nestas eleições – juntamente com a nossa equipe – criatividade a milhão. Foi uma experiência maravilhosa, e, claro bem stressante, mas tudo compensou e estou inteira e pronta para outra batalha. Nossa, conheci muitas e... muitas pessoas – de todos os tipos e tamanhos.... interessantes e deslumbrantes... hummm... sujeitos com vontade – vontade de ver um mundo melhor. Conheci a Cláudia, nossa... que sujeita... Cláudia é publicitária e trabalhou com a gente na acessória de comunicação. O mais bacana dessa moça era o seu rádio portátil, onde ela acompanhava tudo o que acontecia na cidade. O rádio era algo assim... estilo neo contemporâneo com design anos 60, verdão com tira de braço. Era muito engraçado, acho que combinava com a Cláudia. Claro, claro, minha maior vontade não é descrever o objeto, mas a mulher, mas estou poupando minha sordidez e tentando ser, como diria, comportadinha. O melhor era ver a carinha da Cláudia ouvindo as maquiavélicas notícias sobre os candidatos. Ela se indignava de como falavam mal do nosso candidato e eu tentava dizer a ela que isso era natural e tal e usava termos amenos e intelectualóides... Até que ela se indignou comigo e disse (cabe ressaltar a sua linda expressão de rosto); virou-se para mim, franziu a testa e retrucou-me: “Olha só Ana, para de fingir comigo, tu sabe a verdade, então fala o que é verdade, ta muito nhe nhe nhem, manda eles tomarem no cú mesmo, tu sabe quem eles são, pra mim você pode falar claramente.” Nem preciso dizer que me apaixonei, né! Bem, a história que estou contando nem história propriamente é, mas precisava falar da moça do rádio portátil e de resto, quem sabe como a história será feita, sei lá, alguma coisa sempre se escreve e, principalmente, se inscreve em nós.... Ela é minha Eleita!