INTRÓITO

Subverter, Exorcizar, Viver, Beijar, Amar, Odiar, Saber, Piratear, Analisar, Mover, Parar, Rejuvenescer, Envelhecer... Tudo isso e nada. Petit Subversion é só um diário de alguém comum - de Anatólia... um fantasma.

domingo, 6 de julho de 2008

Como é mesmo o nome daquele refrigerante preto...?

(Capa do livro de Mark Pendergrast - Dios Patria y Coca-Cola)
Quero contar a história de um certo refrigerante. Deixo claro que não estou fazendo apologia, marketing ou qualquer coisa pró, como também, não estou aqui para falar mal... não farei julgamentos morais. Somente, quem sabe, uma pitada de sarcasmo, de ironia socrática... Os fragmentos que exponho não são meus. Só estou reproduzindo-os para ilustrar meu texto... sou um mero canal!

Todos conhecem Coca-Cola. Nenhuma bebida industrializada é tão consumida no mundo. Ela existe em pelo menos 160 dos 168 países da terra, e o Brasil é o terceiro maior consumidor do refrigerante, sendo vencido, apenas, pelos Estados Unidos e pelo México.”

O inventor da Coca-Cola foi um químico americano chamado John Styh Pemberton. Em 1886 ele concebeu a fórmula que era apenas mais uma entre as beberagens da época. Era na realidade um elixir que prometia curar várias mazelas do corpo e da alma, como depressões e indisposições, fadiga, má digestão; revigorar nervos extenuados, curar dores de cabeça, insônia, nevralgia, histeria e melancolia, tudo isso por cinco cents o copo.

A primeira versão do produto a French Wine Coca (Vinho Francês de Coca) tinha como base folhas de coca (ou mesmo cocaína) e uma fruta chamada noz de cola, um grão vermelho com alto teor de cafeína. Não tinha um sabor agradável. Então, misturado a muitos outros ingredientes e água chegaram ao xarope de cor escura, a nossa Coca-Cola. Acidentalmente, alguém misturou o xarope com água gaseificada e assim surgiu o refrigerante.

Foi Frank Robinson, sócio e contador de Pemberton, que inventou o nome do produto e com sua caligrafia floreada desenhou o logotipo, que é utilizado até hoje. O primeiro rótulo apresentava os seguintes dizeres: “deliciosa, refrescante, estimulante e revigorante!”

Pemberton vendeu sua fórmula a outro farmacêutico em Atlanta, Asa Griggs Candler, que instalou fábricas do xarope em outras cidades. Em 1919 a empresa foi vendida ao empresário Ernest Eoodruff. Enfim, escolheu-se a dinâmica cor vermelha para representar o produto.

Como refrigerante o produto não podia mais conter nenhum teor de cocaína; assim, as folhas da droga foram retiradas da composição e hoje a empresa utiliza-se de folhas de coca descocainizadas apenas para efeito aromatizante. Esse produto é conseguido através de indústrias farmacêuticas que utilizam a coca para fabricação de remédios.

Para impedir a falsificação do produto e a concorrência dos impostores a empresa resolveu criar um modelo particular de garrafa. Para tanto, a Coca-Cola adotou a idéia da Root Glass Company, de Indiana. Seu diretor, Alex Samuelson apostou na idéia de um design capaz de ser diretamente relacionado aos ingredientes que davam nome a bebida: coca e noz de cola. Porém a inspiração, erroneamente, foi a fruta do cacau. E assim nasceu a embalagem bojuda, com uma cintura, lembrando um corpo de mulher.

Em 1923, Robert Woordruff, presidente da companhia, adotou uma política comercial que projetasse a bebida internacionalmente. Tanto que, na Segunda Guerra Mundial, a empresa conseguiu autorização especial para importar açúcar – artigo racionado na época. Isso, por via de Woordruff, que era amigo do general Dwght D. Eisenhouwer (nomezinho esquisito), comandante das Forças Armadas dos Estados Unidos. Em troca, todo soldado americano, onde quer que estivesse, poderia comprar uma garrafa de Coca-Cola por 5 cents, pelo tempo que durasse a guerra. A estratégia foi um sucesso, pois superou a concorrência (que não tinha açúcar) e além do mais, instalou 64 fábricas no restante do mundo.

Se hoje é sabido que a Coca-Cola não contém cocaína pura, não se sabe exatamente o que ela contém. Esse segredo é a alma do negócio. Tanto se acredita nisso, que em 1977 seus fabricantes preferiram renunciar ao mercado, representado pelos 800 milhões de habitantes da Índia, a revelar a fórmula da bebida, como queria o governo Hindu, para permitir a entrada da empresa em seu país. Atualmente a industria (totalmente brasileira) de refrigerantes Dolly mantém batalha judicial com a Coca-Cola. A coisa é quente... A empresa Dolly espalhou por São Paulo e Rio de Janeiro outdoors com as seguintes perguntas: Coca-Cola: contém folhas de coca? É ilegal? A Coca-Cola está acima da lei? Tem até acusação de sonegação-fiscal-Brasília-deputados-partidos-políticos-etc...

Mas afinal, o que é Coca-Cola? É de limão, laranja, guaraná? A resposta dada ao consumidor é a seguinte: Coca-Cola é isso aí! Ou seja, não há explicação alguma...!

“Você traz a coca-cola eu tomo, você bota a mesa eu como, eu como eu como, você (...)” _ Canta Chico Buarque _

2008
-1886
_______
0122 Hipoteticamente esta seria a idade da coca-cola, desde a sua invenção. (caramba!)

*Este texto foi escrito a partir de um trabalho de Cristina Munhão Gonçalves, Mestre em comunicação e Letras pela Universidade Mackenzie - SP.

2 comentários:

Mara* disse...

não sei do que é feita, mas que vicia, vicia! e como! minha sobrinha acordava de madrugada para tomar coca-cola, como eu fazia quando era fumante. ela, minha sobrinha, vivia fraturando ossos, até descobrir que a coca-cola é corrosiva, é um veneno para nós mulheres. mas tudo neste mundo tem a sua utilidade, e a coca-cola tem a sua, ela é ótima para desentupir pias. beijão.

PS: estou me atualizando com os seus posts, agora que estou de férias. preciso me organizar quando elas terminarem, nomear o domingo como o dia para visitas.

A. Nascimento disse...

Eu Amo Coca-Cola e a Profª Cristina Munhão, amo mais ainda!

Adorei o texto